Após sete dias de apagão nos municípios de Iranduba e Manacapuru por conta do rompimento de um cabo subaquático, comerciantes, empresários e a população em geral contabilizam prejuízos. Mais de 200 mil pessoas foram afetadas e buscavam alternativas para sobreviver sem energia elétrica, que nos dias atuais além das necessidades básicas, sustenta outros serviços essenciais, como a internet, por exemplo.
Diversos empresários recorreram ao aluguel de grupo gerador, bem antes da proposta da concessionária responsável, que chegou a restabelecer o serviço nas cidades de forma temporária usando o mesmo artifício.
Em Iranduba, os administradores do Cemitério Recanto da Paz, localizado na estrada que dá acesso ao município, lamentam os prejuízos diretos e indiretos causados pelo apagão. “Aqui no cemitério, temos uma área específica para produção, onde fazemos pré-moldados. Pela falta de energia, não estávamos conseguindo produzir nada. Com o aluguel do gerador, conseguimos normalizar a produção, e também o atendimento aos nossos clientes, que realizam visitas ao Cemitério e necessitam de conexão com a internet, serviço esse que estava suspenso até segunda ordem”, relata Paulo Barbieri, superintendente de operações do parque.
Ele foi um dos empresários que recorreu a um gerador emergencial, o que foi de grande ajuda até o restabelecimento completo do serviço de energia da concessionária. “Esse apagão nos causou muitos transtornos. Tivemos a necessidade de alugar um gerador por causa do incômodo que isso estava causando aos nossos clientes. Perdemos atendimentos, vendas. Tivemos um prejuízo considerável por falta de conexão [internet] e energia. Alugamos o gerador para amenizar. A Amazonas Energia ainda não nos deu um posicionamento quanto à normalização do serviço, então contratamos a Casa dos Geradores para nos ajudar a resolver a situação por hora”, concluiu.
Para o sócio-proprietário da Casa dos Geradores, Marivaldo Sampaio, o uso de geradores no dia a dia pode prevenir muitos prejuízos. “A verdade é que ninguém sabe quando isso pode acontecer de novo, então é preciso estar preparado. O comerciante ou empresário que possui um gerador sofre um impacto muito menor tanto neste tipo de situação, quanto no dia a dia, quando também há falhas no serviço. A própria concessionária chegou a recorrer a este tipo de serviço quando houve uma emergência, o que só prova a eficácia e necessidade de obter um gerador”, disse.
Fornecimento restabelecido
A Amazonas Energia informou que o apagão foi causado pela ruptura do cabo de transmissão subaquático que leva energia elétrica da Ponta do Ismael, na capital, para a Ilha do Camarão, em Iranduba. Engenheiros descobriram que houve um dano a 1.563 metros da margem de Iranduba, a 53 metros de profundidade. No total, o cabo rompido tem 4.153 metros de comprimento.
Ainda segundo a concessionária, uma usina de 40MW instalada em Iranduba e outra de 25 MW em Manacapuru possibilitaram o fornecimento total da energia nas duas localidades.